Seja digno da sua vocação em Cristo

“Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação e cumpra todo desejo da sua bondade e a obra da fé com poder.” 2 Tessalonicenses 1:11

A oração pelo próximo é parte da jornada do cristão, pois é quando entramos na presença de Deus em clamor por aqueles a quem amamos e que precisam de ajuda. Nesse texto, Paulo traz uma observação sobre a importância de orar pelos irmãos a fim de que sejamos dignos da nossa vocação em Deus, de maneira que ele aja em nosso favor. Quando trazemos alguém para os caminhos de Cristo, desenvolvemos a partir daí uma certa responsabilidade sobre essa pessoa, e é nosso dever cuidar espiritualmente dela, doutrinando-a e ensinando-lhe os pilares do Evangelho a fim de que ela não fique perdida e acabe se desviando do caminho de Jesus. Dessa forma, é nosso dever abençoar essas pessoas para que sejam prósperas em suas jornadas e vitoriosas em suas lutas, também é bom  orar por elas sempre que estiverem passando por situações difíceis a fim de que nenhum mal as prejudique. Então, não deixe de cuidar daqueles a quem você evangelizou e os mantenha sempre em suas orações.

Um fato curioso sobre Paulo é que suas orações nunca eram genéricas e superficiais, ele era sempre detalhista no que pedia a Deus, tendo sempre um objetivo claro e definido. Isso, inclusive, ele recomendava aos irmãos na fé, como em 2 Tessalonicenses 3: “No demais, irmãos, rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre vós; E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos. Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno. E confiamos quanto a vós no Senhor, que não só fazeis como fareis o que vos mandamos. Ora o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de Deus, e na paciência de Cristo.” Perceba que o apóstolo define seus objetivos e necessidades: o pedido de sua oração foi para que conseguissem difundir a palavra de Deus, ou seja, o propósito dele estava focado no Senhor. Além disso, ele pedia por proteção contra as pessoas más. Logo, ele conclui o pedido com uma declaração de fé, alegando sua convicção de que Deus agiria em seu favor.

A lição que podemos tirar acerca da postura de Paulo em sua forma de orar é que devemos saber o que pedir e como fazê-lo. Do contrário, não será possível conseguir o que se deseja. Por isso, aprenda com o apóstolo Paulo e seja claro e objetivo em suas orações, definindo sempre um propósito para aquilo que você deseja. Se as coisas que desejamos não possuem propósito, é um sinal de que elas se resumem em vaidade e não há razão alguma para Deus satisfazer um desejo vaidoso, pois as ações dEle são em favor do Corpo e não de um membro específico e isolado, pois nossos propósitos se interligam, porque somos todos ligados uns aos outros em Cristo, conforme é dito em 1 Coríntios 12: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.”

Paulo entendeu que era fundamental que seus irmãos na fé se tornassem dignos de seu chamado e para isso eram necessárias as orações feitas uns pelos outros em comunhão e amor. Sendo assim, ao se tornar digno da sua vocação em Cristo, as promessas que Ele fez se cumprirão em sua vida, porque foi por meio da sua misericórdia que você saiu da escuridão e encontrou o caminho da luz.